A 26 de janeiro de 2015, fez-se luz nas montanhas do Gungo, no local da acção missionária do grupo Ondjoyetu da Diocese de Leiria-Fátima.
Esta valência tornou-se num dia histórico para os missionários que desenvolvem a missão na Diocese do Sumbe, Angola, mas também para as comunidades que são ajudadas pelo grupo missionário em atividade naquelas terras africanas.
No mundo ocidental, é um acto banal ligar um interruptor de uma lâmpada, de um qualquer electrodoméstico ou máquina industrial. Em Angola, existem muitas regiões em que a luz é feita apenas pela fogueira ou pela vela da noite, vivendo aqueles povos como os nossos antepassados o faziam há 50-60 anos atrás.
Mesmo assim não se pense que o fornecimento da energia no complexo do grupo Ondjoyetu foi feito pelo Estado angolano. A equipa missionária teve a necessidade de encontrar uma solução em Portugal, através de painéis solares. Para tornar real este projecto, o grupo missionário contou com a ajuda do Pe. José Alves, de Carlos Cruz e da paróquia de Porto de Mós. Depois de adquiridos, os equipamentos fizeram milhares de quilómetros por alto mar, num navio que levava um contentor de uma empresa leiriense. Chegados a Luanda, os painéis foram deslocados para as montanhas do Gungo por um trajecto de estradas em terra batida e floresta densa. Este sistema veio dispensar o gerador, dando luz a todos os que se esforçam por tornar mais felizes as populações daquela região de Angola.
Na missão está actualmente o padre Vitor Mira e, em visita temporária, o padre David Nogueira, sacerdotes que lideram a obra ali desenvolvida há cerca de 15 anos.
Entretanto, esteve em Portugal, nesta semana, o bispo da diocese do Sumbe, D. Luzizila Kiala, que se encontrou com D. António Marto e esteve na paróquia de Urqueira. Naquela paróquia encontra-se o Pe. Segunda Julieta, da diocese do Sumbe, geminada com a de Leiria-Fátima. O bispo do Sumbe contactou ainda com o grupo Ondjoyetu, estreitando os laços de amizade com os que já estiveram em missão no Gungo e com todos aqueles que se preparam para partirem para lá num futuro próximo.
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