29/06/07

Alunos partem em voluntariado para Moçambique

Um grupo da ESE Paula Frassinetti parte em Julho para Lichinga. O objectivo é ajudar e apoiar a população num trabalho de enriquecimento para todos.

O voluntariado não é uma novidade para os alunos da Escola Superior de Educação Paula Frassinetti, no Porto. "Há muitos jovens interessados no serviço de voluntariado", garante Maria da Conceição Ribeiro, responsável pela instituição. A comprová-lo a instituição promove já há oito anos o Serviço de Voluntariado às Pessoas Sem Abrigo, cujo trabalho é garantido pelos estudantes desde 1999/2000, e tem a decorrer o serviço de apoio às mães adolescentes e respectivos filhos que, todas as semanas, dá algum apoio formativo às mães e recreativo às crianças.


Agora "chegou a vez de irmos a Moçambique", afirma Maria da Conceição Ribeiro. Um destino que surge na continuidade de um trabalho a favor das causas em que acreditam e da presença no local da Congregação das Irmãs Doroteias - a que a escola Superior de Educação Paula Frassinetti também pertence.


O grupo de voluntários já está constituído - oito no total - e ultimam-se agora os pormenores para um mês de missão. A partida está marcada para o dia 26 de Julho. Destino: Lichinga.


A razão para a escolha de Lichinga prende-se com o projecto "Comida pelo Trabalho", desenvolvido pelas Irmãs Doroteias, que pretendia tirar as pessoas da mendicidade, possibilitando-lhes o acesso ao trabalho na machamba (campo). "À medida que iam trabalhando, cultivando o que era necessário para comer, percebiam perfeitamente a diferença e a "sorte" de poderem trabalhar e não precisarem de depender de esmolas. Nesta machamba já trabalham muitas pessoas e realizam-se muitos trabalhos como a criação de gado, moagem, aviários, vendas de produtos hortículas. Ao lado de tudo isto, há um jardim-de-infância e trabalho de promoção humano-social com mulheres", explica Maria da Conceição Ribeiro.


E é com o objectivo de desenvolver actividades que ajudem estas pessoas que o grupo de voluntários vai partir. A preocupação é estar ao lado de cada um dos participantes nas actividades, dando o seu melhor. "O grupo que vai transformou os seus saberes académicos em possibilidades de enriquecimento para todos. Vamos tirar muito proveito de tudo o que o grupo é e tem: desde a educação social e de infância, psicologia, ciências farmacêuticas e Engenharia", sublinha a responsável da ESE Paula Frassinetti.


Quanto a expectativas, Maria da Conceição Ribeiro garante que "são as necessárias para acreditar que vale a pena ir ao encontro destas pessoas", salientando que o importante é saber que se vai com o desejo de fazer o melhor. Contando apenas com o apoio da ESE Paula Frassinetti, que ajuda com materiais de carácter pedagógico para a realização de algumas actividades, aos participantes, como a responsável, cabe "o esforço de cada um na aquisição de alguma ajuda para os custos das viagens".


Ainda assim Maria da Conceição Ribeiro não tem qualquer dúvida sobre o resultado do trabalho que estes jovens voluntários fazem. "Quando se faz a experiência voluntária de trabalhar em favor dos mais desfavorecidos, acaba-se por "aprender" muito e "receber" muito mais", garante.


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