Dois portugueses integram as equipas da organização não governamental OIKOS que estão nas zonas de impacto do furacão Félix na Nicarágua e nas Honduras a fazer levantamento dos danos no terreno, disse esta sexta-feira fonte da organização, noticia a Lusa.
Ricardo Domingos, da OIKOS, disse que até ao momento a organização não recebeu pedidos de ajuda de cidadãos portugueses afectados pelo furacão.
Segundo Ricardo Domingos, os dois portugueses que integram as equipas da OIKOS (um está na Nicarágua e outro nas Honduras) fazem parte das estruturas permanentes que estão neste momento a fazer um levantamento dos danos causados pela passagem do furacão.
«Em coordenação com as autoridades locais e organizações internacionais e locais as equipas estão a identificar os danos de forma a preparar uma resposta de emergência imediata e eficaz ao furacão», disse este membro da OIKOS.
De acordo com Ricardo Domingos, as equipas estão a tentar apurar o número de pessoas que foram afectadas e os sectores onde há mais necessidades de apoio.
«As comunidades não têm água potável nem saneamento e há graves danos em infra-estruturas públicas e cerca de nove mil casas destruídas», salientou Ricardo Domingos.
Segundo este elemento da OIKOS, há «prejuízos elevados nas colheitas e danos nas zonas de cultivo o que vai causar um impacto ao nível da disponibilidade de alimentos da população nos próximos meses».
O balanço do furacão
O balanço do furacão Félix na Nicarágua e nas Honduras ultrapassou o limiar dos cem mortos depois da descoberta de novos cadáveres de ameríndios resgatados ao largo das costas das Caraíbas, segundo balanços fornecidos quinta-feira pelas autoridades.
O número de vítimas aumentou depois do comité de prevenção de riscos das Honduras (Copeco) ter anunciado a descoberta, perto do litoral, de 28 novos corpos de ameríndios originários da Nicarágua.
O anterior balanço, no que respeita à Nicarágua, dava conta de 70 mortos, 120 desaparecidos e 50 mil vítimas depois da passagem do furacão na costa norte do país.
Nas Honduras havia registo de um morto, um homem em consequência das inundações.
O furacão Félix, com a categoria 5 (máxima) na escala de Saffir-Simpson, fez cair chuvadas torrenciais sob ventos a 260 quilómetros/hora.
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