16/09/07

Voluntários portugueses fazem levantamento dos danos causados pela passagem do furacão


Dois portugueses integram as equipas da organização não governamental OIKOS que estão nas zonas de impacto do furacão Félix na Nicarágua e nas Honduras a fazer levantamento dos danos no terreno, disse esta sexta-feira fonte da organização, noticia a Lusa.



Ricardo Domingos, da OIKOS, disse que até ao momento a organização não recebeu pedidos de ajuda de cidadãos portugueses afectados pelo furacão.



Segundo Ricardo Domingos, os dois portugueses que integram as equipas da OIKOS (um está na Nicarágua e outro nas Honduras) fazem parte das estruturas permanentes que estão neste momento a fazer um levantamento dos danos causados pela passagem do furacão.



«Em coordenação com as autoridades locais e organizações internacionais e locais as equipas estão a identificar os danos de forma a preparar uma resposta de emergência imediata e eficaz ao furacão», disse este membro da OIKOS.



De acordo com Ricardo Domingos, as equipas estão a tentar apurar o número de pessoas que foram afectadas e os sectores onde há mais necessidades de apoio.



«As comunidades não têm água potável nem saneamento e há graves danos em infra-estruturas públicas e cerca de nove mil casas destruídas», salientou Ricardo Domingos.



Segundo este elemento da OIKOS, há «prejuízos elevados nas colheitas e danos nas zonas de cultivo o que vai causar um impacto ao nível da disponibilidade de alimentos da população nos próximos meses».



O balanço do furacão



A organização OIKOS estima que cerca de 60 mil pessoas tenham sido directamente afectadas pelo furacão na costa Norte das Honduras e Nicarágua.


O balanço do furacão Félix na Nicarágua e nas Honduras ultrapassou o limiar dos cem mortos depois da descoberta de novos cadáveres de ameríndios resgatados ao largo das costas das Caraíbas, segundo balanços fornecidos quinta-feira pelas autoridades.



O número de vítimas aumentou depois do comité de prevenção de riscos das Honduras (Copeco) ter anunciado a descoberta, perto do litoral, de 28 novos corpos de ameríndios originários da Nicarágua.



O anterior balanço, no que respeita à Nicarágua, dava conta de 70 mortos, 120 desaparecidos e 50 mil vítimas depois da passagem do furacão na costa norte do país.



Nas Honduras havia registo de um morto, um homem em consequência das inundações.



O furacão Félix, com a categoria 5 (máxima) na escala de Saffir-Simpson, fez cair chuvadas torrenciais sob ventos a 260 quilómetros/hora.


Notícia daqui.

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