20/01/08

O voluntariado na Jornada Mundial da Juventude 2008

SYDNEY, domingo, 20 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- Uma colaboração essencial para o sucesso da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Sydney, Austrália, será o trabalho dos voluntários. Grandes eventos de massa, como as Olimpíadas, os Jogos Pan-Americanos e as Copas do Mundo de futebol sempre trabalham com a perspectiva de ter, em seu quadro, pessoas colaborando de graça para o sucesso do evento.


Para a JMJ de Sydney, que ocorre de 15 a 20 de julho, são esperadas 8000 pessoas para trabalhar como voluntárias em áreas como liturgia, alimentação, acolhimento de peregrinos, tradução e assessoramento de jornalistas. De acordo com Hiam Katrib, gerente da força de trabalho da jornada, o número deve ser suficiente para as necessidades do evento. Segundo ela, a projeção foi feita de acordo com as necessidades estimadas para a jornada.


Aproximadamente 2000 pessoas já se cadastraram para trabalhar como voluntários. Além da Austrália, a maioria dos jovens colaboradores virá de países como Itália, Filipinas, Estados Unidos e Alemanha. Os interessados precisam ter no mínimo 18 anos na época do início do trabalho.


Em relação aos peregrinos, os voluntários têm a vantagem de não precisar pagar a taxa de inscrição para o evento. Outras despesas como, a passagem até Sydney, são de responsabilidade de cada voluntário.


Existem duas formas de voluntariado para a JMJ: os que trabalham durante a semana do evento, e aqueles que ficam mais tempo e trabalham de 3 a 12 meses. Para se inscrever como voluntário, o interessado precisa preencher um formulário no site oficial da JMJ08 (http://www.wyd08.org/).

Segundo Hiam Katrib, depois da inscrição no site os voluntários passam por uma seleção por telefone ou por entrevista pessoal. Depois eles são direcionados de acordo com a viabilidade para as atividades que escolheram e depois, de acordo com a necessidade de cada área. “Eles ganharão um trabalho e receberão o treinamento referente à tarefa que irão desempenhar”, afirmou Hiam.
Além dos voluntários que trabalham em Sydney para o sucesso da semana da jornada, outros muitos estão ajudando em cada diocese na peregrinação da Cruz e do Ícone. Durante os Dias nas Dioceses, a semana que antecede a jornada em que peregrinos do mundo todo estarão visitando dioceses da Austrália e Nova Zelândia, também haverão voluntários trabalhando.


“Cada diocese está cuidando de seus próprios voluntários. Porém, nós assistimos e trabalhamos junto com elas para assegurar que nossos programas estejam alinhados”, explicou Hiam.


Crescimento profissional e espiritual


A jornalista recém-formada Chelsea Pelham veio da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, para trabalhar no escritório da jornada acompanhando a peregrinação da Cruz e do Ícone de Maria pelo território australiano.


Chelsea está há seis meses trabalhando no escritório da JMJ08 em Sydney, agendando eventos relacionados à peregrinação da Cruz e do Ícone, além de ajudar na área de comunicação e escrever no blog da jornada. “Me voluntariei porque era uma grande oportunidade de crescimento pessoal, profissional e espiritual. Até agora já aprendi muito com todas as experiências”, explicou Chelsea.


James Lucas, 22, é outro voluntário que decidiu dedicar um ano de sua vida para o sucesso da JMJ08. Formado em teatro, ele soube pelo irmão de uma oportunidade para trabalhar como assistente na Via-Sacra, que acontece sexta-feira dia 18 de julho. Ele contou que, por causa de sua experiência na área, conseguiu a vaga e está ajudando a selecionar os atores que trabalharão na representação do caminho até o Calvário.


“Quando nos inscrevemos precisamos mostrar o conhecimento que temos para desempenhar a atividade em que queremos trabalhar. Somos treinados para ajudar e assessorar as pessoas que estão cuidando dos locais onde trabalharemos”, disse James. Assim que os atores forem escolhidos, os ensaios para a Via-Sacra começarão. “Cada mês vou ficar mais e mais ocupado”, lembra o voluntário.

Tanto os voluntários que trabalham por períodos longos quanto os que estarão apenas na semana da jornada recebem um treinamento para a atividade que irão realizar, bem como um apoio pastoral. Segundo Hiam, a organização da jornada dá aos voluntários de longos períodos a acomodação, caso seja necessário, além de auxílio transporte, alimentação e apoio pastoral.


Não é porque o trabalho seja voluntário que ele é menos desgastante que um trabalho remunerado. Chelsea e James trabalham, em média, sete horas por dia, cinco dias por semana. O que move esses jovens a se dedicar tanto sem receber nenhum dinheiro em troca é a certeza de colaborar para que tudo corra bem e que o encontro do Papa com os jovens em Sydney seja inesquecível.


Mais informações sobre o voluntariado no site multilíngüe da Jornada Mundial da Juventude (http://www.wyd2008.org/).


(Por Tiago Miranda)

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