06/08/17

«Gostava de deixar na missão os meus valores»



Medos relativos à missão não os tenho, receios tenho alguns. mas nada que o pensamento positivo, muita confiança e o espírito de grupo não resolvam

O meu nome é Frederico Elias, tenho 25 anos e sou escultor e professor (desenho e escultura). Nasci em Lisboa e moro na zona de Sintra, mais especificamente numa terra com o nome de Pexiligais. O que me levou a fazer a missão em primeiro lugar foi o convite da minha melhor amiga, Sofia (que é também uma das voluntárias missionárias), em segundo lugar foi a necessidade de conhecer novas culturas, novas realidades e ter novas experiências, e em terceiro foi pelo simples prazer de fazer voluntariado, ajudar quem precisa - por mais egoísta que o pareça dizer fazer voluntariado e ajudar alguém é uma forma de autossatisfação e concretização pessoal, que me ajuda a preencher e a alimentar o ego. 

Não é a minha primeira experiência como voluntário e não há de ser definitivamente a última, mas é a primeira experiência como voluntário missionário e tenho a certeza que esta vai ser completamente diferente. Medos relativos à missão não os tenho, receios tenho alguns, mas nada que o pensamento positivo, muita confiança e o espírito de grupo não resolvam. 

A missão, para mim, não vai começar no Uganda. Já começou cá em Portugal e com ela nasceram novas missões que vão ter continuidade depois de regressar do Uganda. Uma delas nasceu após uma das formações que realizámos na casa de saúde do Telhal, experiência essa que me fez passar a ver o mundo e as pessoas com outros olhos. 

Uma das coisas que gostava de deixar na missão são os meus valores, valores esses que me foram passados pelos meus pais e que a meu ver são os mais corretos (ajudar e respeitar quem nos rodeia). O que vou trazer da missão não sei, sei o que já conquistei até ao momento e que já foi muito, por isso, tudo o resto que possa surgir só vai ajudar a enriquecer uma experiência que já está a ser maravilhosa. 

Para finalizar partilho as conclusões a que cheguei até este momento, é que ser missionário está longe de ser o mesmo que ser voluntário, que ajudar é muito mais do que desenvolver um projeto específico e que ser missionário não tem de depender só de vivências realizadas fora do nosso país. Agradeço do fundo do coração à Consolata e em especial ao padre Bernard pela experiência que me está a ser proporcionada.

Daqui.

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