O voluntariado é o acto que resulta da vontade humana para fazer o bem, nas suas múltiplas e diversificadas vertentes, procurando, quem assim actua, esforçar-se no sentido de o alcançar. É uma atitude que resulta muito da formação de quem o pratica, dos valores que defende, dos ideais que prossegue, do espírito de solidariedade, compreensão e generosidade que é capaz de pôr na vida.
A prática do voluntariado implica uma entrega e uma doação de si próprio, de forma materialmente desinteressada, isto é, o verdadeiro interesse que move o verdadeiro voluntário está associado à tentativa e ao esforço de apoiar os outros na resolução dos seus problemas e dificuldades.
O grau de entrega e doação é, naturalmente variável e depende, por um lado, das possibilidades do voluntário, das suas capacidades e responsabilidades pessoais, familiares e profissionais e, por outro lado, das necessidades e exigências das acções a realizar.
O trabalho voluntário depende, assim, da conjugação entre as exigências das tarefas a realizar e as disponibilidades reais do voluntário.
Em qualquer das situações, o voluntariado tem que ser posto em prática de forma responsável e “profissional”. Isto é, quem se predispõe a tal, tem que o fazer dando o melhor de si próprio, devidamente enquadrado nas regras existentes, procurando criar bom ambiente de trabalho.
O voluntariado exige esforço, capacidade de luta e de sofrimento e, em geral, bom senso. O estar ao serviço dos outros é um objectivo que dá também alegrias e satisfação, mas estas surgem por acréscimo, como complemento, e não como fim em si mesmo.
A razão de ser do voluntariado reside, basicamente no facto de existirem áreas da vida, nomeadamente no domínio humano e social em que só desse modo é possível levar a cabo uma série de tarefas que, de outra forma, dificilmente se concretizariam apenas pela via profissional.
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