Um serviço pelo outros
“Voluntário é o indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões próprias e do seu tempo livre, a realizar acções de voluntariado no âmbito de uma organização promotora”, diz o artigo 3º da Lei nº 71/98, de 3 de Novembro. Os 58 novos voluntários da Liga Portuguesa Contra o Cancro do Núcleo Regional do Norte (LPCC – NRN) sabem isso e querem isso. Mas para que seja possível – ser voluntários de pleno direito – é necessário “possuir um perfil adequado e receber uma formação base especializada que o capacitará para o exercício das suas funções, integrando-o numa orgânica onde direitos e deveres, organização do serviço, admissão, acreditação e formação específica” – imperativos permanentes.
Todos eles superaram o desafio, “inscrição, selecção, período de iniciação, três dias intensivos de formação, em Março passado, e três meses de estágio no Instituto de Oncologia do Porto – acompanhados e supervisionados pelos responsáveis”. Hoje, às 11h, são oficialmente integrados nos cerca de “400 voluntários” que a LPCC – NRN dispõe – que passam, a partir de hoje, a ser 450 –, mediante a assinatura de um compromisso de honra que os obriga a respeitar integralmente as normativas do manual de voluntariado.
A entrega formal dos diplomas e insígnias aos novos voluntários será efectuada por Maria Helena Quinta, Vítor Veloso e Maria Goreti Quinaz e contará com a presença de diversos especialistas da área da Saúde e com Luís Campos e Cunha, ex–ministro de Estado e das Finanças, que fará uma “breve comunicação” sobre “a importância remanescente da solidariedade humana numa sociedade cada vez mais competitiva e individualista”. Será às 11h30, mesmo antes da entrega dos comprovativos de adesão à LPCC.
Horário flexível
Uma admissão “anual”que não distingue “habilitações literárias ou graus sociais, mas sim a disponibilidade e vontade de ajudar o outro”, destaca Renato Martins, médico e um dos membros da LPCC, acrescentando que, “actualmente, a Liga de Voluntários conta com elementos doutorados e simples donas de casa”, entre outras valências pessoais.
O trabalho que espera “este novos voluntários” é, nas palavras de Renato Martins, “de apoio psicológico e emocional”, desde a altura em que entram na instituição, passando pelas “actividades desenvolvidas no interior do edifício, bem como o fornecimento de lanches, almoços e jantares”. Existem, portanto, “três turnos” de acção – sendo eles a manhã, tarde e noite – e a escolha do horário “varia consoante a disponibilidade em conciliar esta actividade com o horário de trabalho normal”. No mínimo, exige-se a todos os voluntários (incluindo os novos, que entram em funções “no momento seguinte à entrega dos diplomas”) três horas semanais no serviço, “que podem ser mais”. Tudo depende da vontade dos voluntários.
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