O director da Casa de Saúde São João de Deus defendeu ontem a necessidade de a sociedade apoiar mais aqueles que têm algumas «fragilidades», nomeadamente ao nível mental. Em vez disso, o que Eduardo Lemos nota é uma certa discriminação destas pessoas, que são estigmatizadas e feridas nos seus direitos.As declarações foram prestadas, ontem, no âmbito da apresentação da Pastoral da Saúde, Animação e Voluntariado da referida instituição.Embora admita que a discriminação não acontece apenas com os doentes mentais, Eduardo Lemos aproveitou o facto de ontem ser o Dia Mundial da Saúde Mental para dizer que «existe um estigma sobre os doentes de psiquiatria». Estigma que muitas vezes se apregoa não dever existir, mas que a prática demonstra ser frequente.Eduardo Lemos diz que «facilitamos esse estigma quando não facilitamos a integração dessas pessoas na sociedade; quando as famílias querem colocar os seus doentes na Casa de Saúde; quando não têm tempo para acolher o indivíduo que adoeceu, no seio familiar; quando as empresas não têm espaço para empregos com pessoas deficientes».Para além de, com essas atitudes, se estar a criar um estigma, Eduardo Lemos defende que «estamos a desfavorecer ainda mais aqueles que já têm desfavorecimentos consideráveis».
Casa de Saúde precisa de voluntários
A Casa de Saúde São João de Deus precisa de mais voluntários. O alerta foi lançado ontem na apresentação da equipa da Pastoral de Saúde, Animação e Voluntariado.A afirmação foi feita pelo respectivo director, Eduardo Lemos, e pelo responsável pela Pastoral, o padre Mário Abel Costa Duarte, que liderará a equipa constituída por oito elementos. A Pastoral visa apoiar os doentes e respectivas famílias da instituição. A equipa estará em funções no triénio 2007/2010.Na cerimónia, Eduardo Lemos anunciou que a Casa de Saúde disponibilizou duas salas para a Pastoral, que estarão sempre «de portas abertas» e com uma pessoa disponível para esclarecimentos, orientações e apoio de quem deles precise. Quanto aos voluntários da Pastoral, Eduardo Lemos disse que «são um grupo fundamental para levar por diante uma missão que é de todos, quer em termos de acolhimento, quer de espírito de ajuda e de capacidade de ter connosco as famílias e utentes».A Pastoral é uma equipa multidisciplinar, que engloba enfermeiros, psiquiatras, médicos de clínica geral, psicólogos, o capelão, família e utentes.
O padre Mário Duarte disse que a Pastoral vai desenvolver projectos para apoiar os cerca de 200 utentes abrangidos pela Casa de Saúde.
O capelão lembra que a mudança gerada no mundo criou novas doenças do foro mental, nomeadamente devido ao stress e depressões, pelo que apela à ajuda de todos para combater estas doenças.
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