26/10/07

Universidade Sénior em novas instalações


Aulas já funcionam na nova sede, na antiga Escola nº 1, perto do edifício da Câmara Municipal
Universidade Sénior em novas instalações

As aulas na Universidade Sénior de Espinho começaram segunda-feira em novas instalações. A instituição transferiu-se do espaço que ocupava desde 2004 (onde funcionou a Biblioteca Municipal, antes da sua mudança para a piscina Solário Atlântico) para a antiga Escola nº 1, mesmo no centro da cidade. A Câmara Municipal de Espinho cedeu as instalações e a Universidade Sénior fez as obras de requalificação necessárias. Na passada segunda-feira, o local esgotou com várias entidades espinhenses, muitos alunos e funcionários da instituição que assistiram à inauguração das novas instalações e do novo ano que agora arrancou. A primeira entidade a discursar foi Alberto Espanhol, presidente da Associação de Cultura e Ensino de Espinho (ACEE). “Estamos muito orgulhosos porque com poucos meios, mas com muita vontade de crescer, conseguimos”. O presidente da ACEE destacou o apoio e disponibilidade da autarquia e também dos professores da universidade: “Trabalham sempre em voluntariado e dão um pouco de si próprios”.Carlos Gaio, vereador da Cultura, explicou aos presentes que a mudança da Universidade Sénior de Espinho para as novas instalações já foi pensada desde 2006 para “proporcionar à instituição um espaço mais central”. Para o vereador, “a Universidade Sénior merece da comunidade espinhense uma especial atenção” devido ao seu papel na aprendizagem ao longo da vida. Aliás, essa aprendizagem é tão importante que é prevista na Carta Educativa.Depois de Carlos Gaio, discursou Glória Rocha, responsável pela instituição espinhense. Glória Rocha agradeceu à autarquia o seu apoio, mas também destacou a importância que todos os envolvidos na universidade tiveram para a realização das obras: “Foram feitas com muito voluntariado, muito empenho e muita vontade”. Aliás, para a responsável, as novas instalações trazem novas condições para a instituição, uma vez que “a localização e o espaço deram-nos a possibilidade de receber pessoas idosas que residiam aqui no centro da cidade e que não podiam deslocar-se lá acima. Agora o acesso é muito mais central e também demos resposta a muitas mais pessoas porque temos mais salas”.Coube ao presidente da Câmara Municipal de Espinho, José Mota, encerrar a cerimónia da inauguração. “Conseguimos que, em muito pouco tempo, a Universidade Sénior passasse do zero para os 80”, começou por referir o autarca. As novas instalações da instituição, na opinião de José Mota, justificam-se pelo trabalho desenvolvido pela universidade: “Têm sido pessoas empenhadas, estimam aquilo que se lhes dá e prestam um serviço à comunidade que é inestimável. O trabalho que fazem é um trabalho incansável, a troco de nada, é um trabalho para uma faixa etária da nossa população muito importante que não tem paralelo no concelho de Espinho”. O presidente da Câmara acabou o seu discurso com as seguintes palavras: “Que este ano lectivo seja muito proveitoso para todos e para as vossas famílias, porque assim também o será para nós”.Universidadeé a segundafamília dos alunosA Universidade Sénior de Espinho arrancou para o 11º ano lectivo. Com cerca de 150 alunos, divididos entre os 50 e os 87 anos, a instituição conta com mais de 20 disciplinas, desde a Ginástica e a Natação até ao Inglês ou Direito e Cidadania. As aulas são complementadas com visitas de estudo, intercâmbios entre universidades e a participação em concursos literários, muitos conquistados pelos alunos espinhenses. Segundo Glória Rocha, “muitos alunos dizem que a Universidade Sénior é a sua segunda casa. Mesmo nos dias que não têm aulas, aparecem para encontrarem os amigos”. Além disso, a união entre alunos é incentivada pela instituição, até porque não são exigidas habilitações literárias: “Recebemos todos de igual forma”.
Depois da inauguração da nova sede, há outras obras para fazer. È o caso da pintura exterior e de um coberto no pátio interior, obras que vão estar a cargo do município. Não se sabe ainda para quando as novas obras, mas José Mota garantiu que serão feitas logo que seja possível.
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