Apenas dois concelhos do distrito de Coimbra, para além daqueles que têm corpos profissionais, não aderiram à criação de Equipas de Intervenção Permanente (EIP), formalizadas ontem através de protocoloManter cinco elementos em permanência, tendo em vista o socorro às populações, é o objectivo das EIP, uma iniciativa do Governo, a que aderiram 12 concelhos do distrito.
Ontem, apenas 11 assinaram os protocolos com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), numa sessão que decorreu no Governo Civil de Coimbra, tendo faltado Poiares, que já manifestou intenção de assinar.Arganil e Cantanhede ainda não decidiram se vão aderir a esta medida, sendo que Coimbra, Figueira da Foz e Lousã não o fizeram por serem concelhos com bombeiros profissionais e, por conseguinte, já em permanência nos quartéis. Os presidentes de câmara e das direcções das associações humanitárias, rubricaram ontem os documentos, que a ANPC já tinha assinado previamente, dando assim conta da sua vontade em levar a medida avante.Jorge Cosme, o chefe de Gabinete do governador civil de Coimbra, congratulou-se pelo facto do distrito ter sido dos primeiros do país a formalizar a criação das equipas, a par de Viana do Castelo, Viseu e Guarda.
O comandante operacional distrital de socorro, António Ferreira Martins também se mostrou satisfeito por terem aderido a maior parte dos concelhos, «o que é muito bom», garantindo o aspecto positivo das EIP, por «permitirem que estejam cinco elementos em permanência nas corporações».Já o governador civil de Coimbra classificou o facto como simbólico, «porque poderia ter sido feito administrativamente», uma vez que os protocolos já estavam assinados pela ANPC.
Henrique Fernandes desculpou a “falta” da representação de Poiares, mas não a excluiu, quando disse que «estamos todos de parabéns, porque passamos a ter corpos de bombeiros que recebem equipas exclusivamente para a actividade de socorro».
«Os bombeiros voluntários são, indiscutivelmente, a coluna vertebral do socorro, e esta medida contribui para isso», disse, salientando que, «no futuro, ver-se-á qual a dinâmica a adoptar para fazer progredir esta medida».No entender do representante do Governo no distrito de Coimbra, «assim, a protecção civil dá um passo em frente», sustentando que «o Estado soube encontrar esta forma de profissionalização, mantendo o voluntariado».
«Nós, combinámos voluntariado e permanência nos corpos de bombeiros», sublinhou, lembrando que «o exercício dos Voluntários de Penacova com os Municipais da Figueira da Foz, na Barragem da Aguieira, mostrou que é possível a parceria, tendo em conta um risco que é comum».
Henrique Fernandes recordou ainda o flagelo da sinistralidade rodoviária, fazendo novo apelo à abstinência do álcool por parte dos condutores, «para que os bombeiros não tenham que lá ir só para desencarcerar», disse, dirigindo-se aos presentes.
Com os autarcas e presidentes de direcção a serem chamados por ordem alfabética, de acordo com o nome dos municípios, Penacova recebeu tratamento especial e foi o primeiro a rubricar o documento, situação explicada pelo governador civil pelo facto de ter sido o primeiro concelho a mostrar disponibilidade para albergar uma EIP, havendo ainda uma acordo tácito de que o protocolo seria assinado nos Paços do Concelho, o que acabaria por não acontecer, tendo sido escolhida esta forma de compensação.
De acordo com ferreira Martins, nos 11 concelhos que ontem assinaram os protocolos, as EIP deverão começar a funcionar no final do mês, estando a decorrer o processo de selecção dos elementos.
Notícia daqui.
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